Não nasci querendo ser escritora...
Eu gostaria de dizer que a literatura sempre foi a minha grande paixão e que nasci querendo ser escritora, mas isso seria mentira. Na verdade, foi no começo de 2015 que pensei em escrever profissionalmente pela primeira vez. Antes disso, meu universo fantástico sempre ficou restrito ao meu mundo interior. E a ideia de compartilhar ele com outras pessoas era inadmissível, jamais seria capaz de tamanha ousadia.
Mas, naquele ano, numa dessas sincronicidades malucas da vida, tive certeza de que as minhas histórias deveriam ser contadas e apresentadas para o mundo (ou pelo menos escritas e guardadas para a posteridade). De qualquer jeito, o fato é que era preciso romper com o contrato de exclusividade que mantive com elas ao longo da minha vida. E a partir do momento em que comecei a escrever as primeiras linhas de uma dessas histórias, algo dentro de mim acendeu e nunca mais apagou – mesmo quando as dúvidas surgiram e a vergonha de expor minha imaginação apareceu.